quinta-feira, 9 de julho de 2009

A paralisia...

Tudo que sei do início da minha vida, óbvio que vem das histórias contadas pela minha família, mais especificamente contadas pela minha mãe, que é a pessoa que esteve e está ao meu lado até hoje e que acompanhou todas as minhas andanças por esta vidinha que tenho. Memórias minhas mesmo, só tenho a partir dos meus quatro anos de idade, portanto tudo que eu contar aqui que aconteceram anteriormente a esse período são mais observações feitas pela minha mãe do que propriamente ditas minhas.
Então, conta minha adorada mãe, que um belo dia, aos meus nove meses de idade acordei com muita febre. Como era a idade de nascer os dentes, ela achou que fosse isso e o pediatra também, então ela me deu dipirona para abaixar a febre e esperou a febre abaixar. Mas ela não abaixou. Piorou. No dia seguinte, eu já não mexia mais nenhum músculo. Minha mãe foi me pegar no colo e qual não foi o susto quando ela percebeu que eu não mexia nada. Minhas pernas estavam bambas, e eu ardia em febre.
Ela me pegou em seus braços e correu comigo até o pediatra. O médico não sabia direito o que eu tinha, mas como estava tendo um surto de meningite na região, ele achou que eu estava com meningite e pediu para que minha mãe corresse comigo na capital do Paraguay, Asunción, pois lá haveriam mais recursos. E tinha que ser naquele dia mesmo.
Lá se foi minha mãe em casa, pegar meu irmão (que também era um bebê, 2 aninhos) e o deixou com minha avó materna. Fomos então, eu e ela rumo ao Hospital das Clínicas de Asunción, Hospital modelo da capital.
Foram longos dias... tentando diagnosticar, até que chegaram ao diagnóstico final: havia contraído paralisia infantil.

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